segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A prática com os alunos...

(re)Conhecendo o jovem na Restinga...


Ida a Restinga para a realização da atividade na escola Alberto Pasqualini, com alunos do cursinho pré-vestibular Resgate. O professor do período de Biologia cedeu-nos 25 minutos de sua aula para que pudéssemos realizar a atividade.
Perguntamos se eles conheciam-se antes de iniciar o cursinho? Praticamente todos disseram que não. E após o início das atividades no curso, após estarem convivendo a praticamente 8 meses juntos em sala de aula, será que foi tempo suficiente para que eles pudessem conhecer uns aos outros realmente?
Você conhece bem seu colega?
Formamos um círculo, no qual Foi proposto que cada aluno apresentasse seu colega, dividiram-se em pequenos grupos/ duplas. Sugerimos então um tempo de 15 minutos para que eles pudessem conversar entre si e se conhecer melhor.
Após o término do tempo estipulado, iniciamos as apresentações, (notamos certa timidez por parte dos alunos):
Cada aluno então apresentou o colega que estava ao lado, as apresentações seguiram-se assim:
Paulo: quer cursar Nutrição, teve oportunidade de cursar teologia, mas não quis. 61 anos
Julian:  quer cursar Medicina, tem 21 anos;
Daniele: vai prestar vestibular para comunicação, o entusiasmo surgiu após fazer a oficina de cinema oferecida pela extensão da UFRGS na escola.
Carol: não vai prestar vestibular, pretende usar nota do ENEM para conseguir um tecnólogo da UFRGS;
Josi: quer cursar fisioterapia;
Felipe: vestibular Engenharia mecânica, 1º ano de cursinho, tem facilidade com exatas;
Paula: quer cursar medicina, sua colega a percebe como uma aluna muito esforçada;
Maristela: em seu 2º ano de cursinho, pretende conseguir uma vaga para o curso de fisioterapia;
Magda: vestibular de Psicologia, 1º ano de cursinho;
Eleonara: Serviço social;
Ionara: enfermagem;
Natiele: Administração,  1º ano de cursinho, apresentada por sua colega como persistente;
Vanessa: vai prestar seu 1º vestibular para letras.
Pâmela: chegou atrasada para a nossa roda de conversa, mas não hesitou em se auto apresentar, vai prestar vestibular para o curso  de odonto, diz estar muito ansiosa.
Nota-se que apesar de estarem convivendo alguns meses juntos, pouco foi o detalhamento da personalidade dos alunos, feito pelos colegas. Com exceção de alguns quais atribuíram algum adjetivo ao seu colega.
É chegada nossa hora de fazer algumas perguntas aos alunos da Restinga, perguntamos se eles trabalhavam? Grande parte respondeu  sim.
Porque escolheram a UFRGS?
Por sua gratuidade, currículo melhor, conteúdos bem amplos, segurança na formação (muitos acreditam que por cursarem  na UFRGS, já estarão com emprego garantido fora da universidade),  mas  a resposta que mais chamou a atenção foi a da menina que respondeu  - “superação, pois apesar de ser considerada difícil, não é impossível a aprovação no vestibular”. Houve  a aluna que respondeu que pretendia  estudar na UFRGS para poder comprar um carro, “ se eu tiver de estudar numa universidade particular, não poderei juntar dinheiro para comprar um carro”.
Com algumas das respostas acima, podemos perceber o misticismo existente em torno da universidade,  alguns pensam em tratar-se de um lugar mágico, onde ao final do curso encontraremos uma carta de admissão para o melhor, e mais bem pago serviço do mundo.  A universidade é o aluno quem constrói, e que durante a graduação devemos ficar atentos e  procurarmos as oportunidades existentes dentro da universidade, e não ficarmos fechados apenas dentro de nossos próprios cursos.
Cotas, conhecimento sobre os cursos? Alguns procuraram saber.
Cotas: “forma desigual de tratamento para chegar na igualdade, cotas dessa forma para que tenhamos condições de escolher o curso e ter acesso a universidade”
O que se entende por universidade pública? UFRGS pública de fato?  “Direito ao acesso por todos”;
“ A universidade é pública, mas possui barreiras ainda, luta para entrar no vestibular, mas enfrentaremos uma luta maior para continuar na universidade”.
Os próprios alunos sugeriram que continuássemos com esse tipo de trabalho nas escolas, para incentivar os jovens, segundo eles “a escola ensina a ser empregado, isso tem de mudar . Ensinar ao jovem que ele também pode ser o empresário”.
“Raciocinar para que servem as coisas? A comunidade da Restinga não acreditava que a escola técnica viria para cá. Falta informação para o povo, se o jovem procura o conhecimento, ele começa a exigir, e isso incomoda.” (aluno cursinho)
Considerei satisfatória, a realização da atividade, pois os alunos propuseram-se a dialogar sobre as perguntas, participar da dinâmica, interagir com seus colegas.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Prática com os alunos...

 Escola Alberto Pasqualini - Alunos do Cursinho Pré-Vestibular Popular/ Restinga

Nossa roda de conversa foi  assim...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

a prática com os alunos...

(Escolha do tema e Elaboração do roteiro a ser aplicado na escola)

            Conhecer a realidade juvenil dos alunos da escola Alberto Pasqualini - Restinga, os quais são participantes do cursinho pré-vestibular popular 'Resgate', que é oferecido pela UFRGS naquela comunidade, o cursinho funciona no turno da noite, de segunda a sexta, das 19h10min às 22h30min. Os professores são alunos bolsistas ou voluntários da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O curso tem o apoio da universidade e abre cerca de 30 vagas com taxa de matrícula de R$ 10, os pré-requisitos para participar do cursinho são: ser morador do bairro e ter baixa renda familiar.
Como participo de um grupo qual trabalha com Políticas Públicas de Juventude em bairros periféricos de Porto Alegre, escolhi então a Escola Alberto Pasqualini como local de desenvolvimento das atividades. Tendo em vista que sou acadêmica que se beneficia das políticas públicas e ações afirmativas presentes  na Universidade, tentei de alguma forma levar para os jovens questionamentos que contribuam para o pensamento crítico diante das dificuldades encontradas por estudantes de bairros periféricos. Em andanças pelo bairro Restinga e conversas informais com jovens de várias escolas públicas do bairro, percebo que a maioria das ofertas para os jovens na Restinga são de cursos para a entrada no mercado de trabalho (padaria, marcenaria...) e que poucas são os incentivos para se entrar numa universidade pública, e isso percebe-se até pelo pequeno número de estudantes no cursinho. Mas enfim, gostaria de conhecer um pouco das trajetórias de vida destes jovens que estão fazendo o cursinho, perceber o que influenciou na escolha de cada um pela tentativa de  ingresso no Ensino Superior via vestibular UFRGS.

- Você conhece o seu colega?
Formação de um círculo, no qual se realizaria uma rodada de apresentações diferenciada, onde cada estudante apresentaria seu colega. Gostaria de perceber o grau de proximidade existente entre aqueles alunos que convivem na mesma sala de aula desde de abril desse ano. Será que o tempo foi suficiente para que eles conseguissem perceber um ao outro?

- Conhecer a realidade juvenil
Conversar com esses jovens,  quais caminhos os levaram a estar ali;
Qual visão eles têm da universidade;
A universidade pública: acesso de todos! Isso ocorre??

Tempo estimado para a realização da atividade: Em torno de 25 minutos.

Forma de registro da atividade: Vídeo e/ou Foto.

Avaliação: Será considerada satisfatória se todos se propuserem a participar e refletir aos questionamentos de maneira coerente ao tema proposto.

domingo, 23 de outubro de 2011

a prática com os alunos...

(Momento 1)

Em um primeiro contato feito com a turma qual se pretende trabalhar , foi feita uma breve apresentação do curso a qual se pertencia, e enfatização do percurso por escolas públicas antes de ingressar na UFRGS. Considerei importante ressaltar que a trajetória por instituiçoes públicas no ensino fundamental e médio, para que se pudesse desmanchar o misticsmo existente, pois muitos pensam que para entrar na UFRGS, necessitamos de cursinho pré-vestibular e estudar em escolas privadas. As realidades quais eles encontrarão na universidade federal vai além do que está estampado nas camisetas dos cursinhos e propagandas de ônibus da capital. Partimos da necessidade de conhecê-los em um próximo encontro e deles mesmo poderem relatar o porquê da escolha da UFRGS como opção para o ensino superior e o que pensam sobre a universidade pública em sí. Todos demonstraram interesse em participar da atividade proposta, assim sendo ficamos de nos encontrar na próxima semana para o início da primeira atividade.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

a prática com alunos...


Participo de um grupo qual trabalha com jovens de escolas públicas e com base  em alguns dos tópicos discutidos no encontro presencial  05, pretendo contemplar essas questões:
·  Pensamento crítico - superador
·  Formação cidadã
·  Autonomia
·  Diálogo (ouvir o aluno e conhecer a realidade/vida)
Em forma de seminário, no qual eles mesmos possam construir suas perspectivas sobre o papel do jovem em nossa sociedade.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Tecnologias e Trabalho do Professor

Debatendo sobre o assunto em sala de aula após o vídeo demonstrado pela professora, onde pudemos constatar de que nada adianta podermos usufruir de novas tecnologias se durante o processo de formação do docente não procurarmos pela construção de atrativas metodologias. É corriqueiro por exemplo, o uso de datashows em aulas da graduação, o que não deixa de ser considerada uma tecnologia....Mas por muitas vezes a aula não vai além de mera exposição do conteúdo a ser aprendido, massante e cansativa.. Textos projetados no fundo branco...Quando na verdade se poderia ir além, com vídeos, animações e etc. Mas a falta de criatividade para o uso dessas e outras ferramentas culmina em metade da classe sonolenta e alguns alunos optando por deixar de assisitir aquela determinada disciplina..

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Currículo, narrativa e futuro social...


“Eles esquecem que, como membros dessa elite, suas experiências
educacionais foram alicerçadas na exclusão
social de outros. A educação dessa forma é distribuída
a poucos ao preço da exclusão de muitos.”

Interessante artigo, qual aborda a temática da exclusão social,  e a forma como se deu a constituição do currículo escolar. A certeza da privação do saber/ ou o saber mínimo para alguns, vem a se tornar a garantia de status de outros. Essa foi a forma encontrada para que se desse a constituição/firmação das classes mais altas e a subordinação dos mais pobres a eles. O que hoje entendemos por mão-de-obra barata.. Os quais devem possuir o mínimo de pensamento crítico, devem engolir as respostas ‘prontas’ e aceitar o que o sistema impõe. Típica formação voltada para o mercado de trabalho, quais não devem prosperar para não ameaçar a elite. Ir além.